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WESTERN


 

Batalha entre Índios e Brancos; Faroeste; Saloon; Cowboys são algumas características do gênero cinematográfico produzido pelos norte-americanos que teve início no fim do século XIX.

 

Por Osmilde Bispo (@osmildebispo)


O nome Western significa Ocidental, é uma referência ao período de colonização norte americano na fronteira Oeste do país. Época da ocupação de terras, batalhas com os índios, momento de luta para se estabelecer como uma nação dominadora.

Os filmes de Western se baseou nesses acontecimentos para criar suas narrativas tendo como principal característica a figura do Cowboy, homens que usam o cavalo para ir de um lugar a outro, tem um revólver e alguns são pistoleiros, assaltantes, xerifes ou simplesmente um homem que precisa salvar a mulher que fora raptada, geralmente por índios.

Esse gênero cinematográfico é também conhecido por Faroeste, por ocorrerem em lugares desertos e com muita poeira. Há quem chame de Bang-bang pelas batalhas entre os índios e os homens brancos ou entre homens brancos, que acontecem nos Saloons.

O primeiro filme considerado Western é O Grande Roubo do Trem de Edwin Porter, 1903. O filme consegue passar uma tensão, drama, prende o espectador a história, usando recursos simples de filmagens, já que naquela época os recursos de montagem não tinham sido criados. Esse e outros filmes foram protagonizados por Bronco Billy, que por muitos anos fez grande sucesso.

Até então, os filmes tinham uma técnica básica de repetição em sua criação e aos poucos essas técnicas foram ganhando novas fórmulas. David W. Griffith foi um dos principais responsáveis nas mudanças em realizar Westerns, ele começou a experimentar técnicas de montagem e a principal é a montagem paralela na qual dava mais tensão à cena, cenas essas que exigiam atenção e expectativa ao espectador.

Outro nome é o de Thomas H. Ince que foi mais ousado em relação às técnicas de montagem. Ele observou a necessidade de fazer roteiro de filmagem em que definia os diálogos, expressões faciais dos atores, descrição do cenário, os planos a serem usados, entre outros. Seus filmes de maior destaque são: War on the plains 1912, Custer’s last raid 1912 e The battle of Gettysburg 1913.

As inovações nos filmes continuam e outros nomes surgem, é o caso de William S. Hart. No filme The scourge of the desert 1915, o filme tem uma sequência de pan, close, começando com um close no rosto, destacando o sorriso do personagem, mostra um rifle na parede, desce e mostra o rosto angustiado da heroína, isso em pan bem lenta. Hart tinha em seus filmes o lado sentimental dos personagens, como por exemplo, o amor do vilão pela heroína, o afeto do cowboy pelo seu cavalo. O primeiro filme western no estilo psicológico de Hart foi Hell 's hinges 1916, em que a mulher aparece para converter o herói através do amor.

John Ford é considerado o grande diretor de filmes western, começou na Universal com o curta The scrapper em 1917. O gênero já estava perdendo público por estar desgastado e Ford conseguiu fazer produções com belas fotografias e cenários diferentes. Ele dirige O cavalo de ferro em 1924 e o destaque desse filme em que torna marca de Ford é nas cenas de batalhas o uso da câmera móvel, filmagens em vários ângulos para dar mais emoção.

O outro filme de Ford que merece destaque é No Tempo das Diligências de 1939. John Ford comprou os direitos do conto Stage to Lordsburg (adaptação de Bola de Sebo, de Guy de Maupassant) escrito por Ernest Haycox, e resolveu filmar. O fato é que os produtores não deram crédito para a história não aceitando produzir, depois de muita busca e insistência Ford encontrou o produtor ideal que iria deixar o filme da maneira que ele havia pensado. O filme fez grande sucesso e marcou de vez a carreira de John Ford.

No Tempo das Diligências se diferencia da produção anterior pelo conjunto de indivíduos de alguma forma marginalizados, pela complexidade de cada personagem e das relações entre ele e por trazer à tona valores e contradição básicos para a sociedade contemporânea.( VUGMAN,FERNANDO, 2006,p.171)

Os filmes com sonorização foram uma novidade embora os westerns resistiram em por som nos filmes, é tanto que em 1930 eram lançados filmes com e sem som. Aos poucos eles perceberam que a sonorização dos filmes iriam dar maior emoção, com os sons de tiroteios, as canções e os diálogos.

Com o tempo, os filmes Western diminuíram sua produção, fatores como a modernização e os valores da sociedade americana, os westerns americanos já não estavam agradando. Em muitos filmes os cowboys são estúpidos, covardes e os índios são enaltecidos é uma forma de rever a maneira de como a minoria era tratada.

A tradição de produzir filmes westerns americano contínua, como por exemplo: Onde os Fracos Não Têm Vez,2007 e A Balada de Buster Scruggs, 2018 de Ethan e Joel Coen; Django Livre, 2012 e Os Oito Odiados, 2015 de Quentin Tarantino, e o excepcional First Cow de Kelly Reichardt, 2019.

Para os amantes do gênero não dá para ficar sem um filme de faroeste, bang-bang, tiroteios, ou seja, Western.


Referência:

Livro História do Cinema Mundial/ Papirus Editora

Revisado por:

Renata Meneses (@renatamenesess)

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